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Medidas de controle

[Identificação]

[Dano] [Medidas de controle] [O que fazer]  [O que não fazer]
  
O que não funciona:
            Os inseticidas não penetram facilmente na grossa camada cerosa do corpo da cochonilha-rosada. 
            Assim, a aplicação de inseticidas é uma técnica ineficiente de controle contra esta espécie. Também a poda drástica e queima do material foram testados nas ilhas de Granada e Trinidad e Tobago, causando pequeno impacto na redução da cochonilha-rosada, e não são recomendados.
  
Controle Biológico
             Controle biológico é o uso de inimigos naturais (parasitóides e predadores) para reduzir a população do organismo-praga. Este é o método de controle que tem obtido sucesso na região do Caribe, assim como em outras partes do mundo.
             Os parasitóides foram considerados a solução imediata para o controle de cochonilha. Uma vez liberados e estabelecidos eles se mantêm mesmo quando a cochonilha está em baixa população, e continuam a atacar a cochonilha, mantendo a população abaixo do nível de dano econômico.
            Recentemente, várias espécies de parasitóides da China, Havaí, e Egito foram liberadas na região do Caribe para controlar a cochonilha-rosada. Cinco meses após a liberação de Anagyrus kamali, um parasitóide importado da China pelo Instituto Internacional de Controle Biológico (CABI-BIOSCIENCE), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) encontrou nas áreas de liberação dos parasitóides uma redução de 80 a 90% da população da cochonilha-rosada.
            Este parasitóide coloca um ovo dentro do corpo da cochonilha adulta. O ovo eclode e a larva se alimenta internamente e mata a cochonilha. Depois de empupar dentro do corpo da cochonilha (mumificar), o parasitóide adulto abre uma saída numa extremidade do corpo e emerge. Durante sua vida as fêmeas de A. kamali são capazes de parasitar de 40 a 60 cochonilhas. Estes parasitóides também matam as cochonilhas picando-as e se alimentando da sua hemolinfa. A. kamali vive aproximadamente 15 dias em condições de temperatura tropical.
            Também o predador Cryptolaemus montrouzieri Mulsant algumas vezes chamado de joaninha-da-cabeça-vermelha ou o destruidor de cochonilhas tem sido liberado em algumas regiões do Caribe com bastante sucesso. O predador C. montrouzieri é capaz de comer de 3 a 5 mil cochonilhas de vários estágios em toda a sua vida e é utilizado como se fosse um biopesticida, reduzindo rapidamente a população da cochonilha-rosada, num período de 6 a 8 semanas. Entretanto, estes insetos podem interferir na eficiência dos parasitóides porque as joaninhas comem também as cochonilhas parasitadas.
            C. montrouzieri  é disponível comercialmente nos Estados Unidos e Europa; no Brasil está sendo criado em condições de laboratório na Embrapa Meio Ambiente, Laboratório de Quarentena "Costa Lima", que importou, recentemente, o inseto do Chile.