Atlas digital dos cenários climáticos futuros projetados para o Brasil com base no Terceiro Relatório do IPCC (2001): variáveis de interesse agrícola
Metodologia

Os mapas foram elaborados utilizando o Sistema de Informações Geográficas (SIG) Idrisi 32, software desenvolvido pela Universidade de Clark, EUA. Os dados das variáveis climáticas foram inseridos no banco de dados do SIG, adotando-se o sistema de coordenadas geográficas latitude e longitude, com resolução espacial de 0,5° X 0,5°. As variáveis são médias mensais de temperatura do ar (°C), precipitação pluvial (mm/dia), temperatura máxima do ar (°C), temperatura mínima do ar (°C), radiação solar (W/m²) e umidade relativa do ar (%).

Foi considerado o período de referência de 1961 a 1990 (normal climatológica), cujos dados estavam disponíveis no IPCC-DDC.

O IPCC propõe agrupar os cenários em quatro famílias, definidas no "Special Report on Emissions Scenarios" (SRES) (Nakicenovic et al., 2000). Essas famílias de cenários (A1, B1, A2 e B2) consideram diferentes projeções de emissões de gases de efeito estufa, relacionando aspectos de desenvolvimento social, econômico e tecnológico, crescimento populacional, preocupação com o meio ambiente e diferenças regionais.

Foram escolhidos dois cenários climáticos futuros para o Brasil: A2 (mais pessimista) e B2 (mais otimista), para as décadas centradas em 2020 (2010 - 2039), 2050 (2040 - 2069) e 2080 (2070 - 2099), do Terceiro Relatório do IPCC (2001). Os mapas dos cenários futuros são resultantes da média das respostas de seis modelos climáticos globais de previsões futuras: CCSR/NIES, CGCM2, CSIRO-Mk2, ECHAM4, GFDL-R30 e HadCM3, disponibilizados pelo IPCC-DDC (Tabelas 1 e 2).