ESTUDOS
DE VARIABILIDADE GENÔMICA DE MICRORGANISMOS
Cariótipo Eletroforético
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A determinação do número de cromossomos de um organismo tem sido
considerada como um parâmetro importante na taxonomia de espécies.
A técnica convencional, usada principalmente para organismos eucariotos
superiores baseia-se em observações microscópicas de preparações
de cromossomos na mitose ou meiose. No caso de fungos, onde a
maioria; é haplóide, os cromossomos são extremamente pequenos
para serem observados por microscopia. Nesses organismos a genética
clássica continua sendo utilizada, o que, no entanto, requer um
número de marcadores genéticos que podem ser seguidos através
da genética Mandeliana ou pelo ciclo parassexual. Essa abordagem
tem suas limitações, pois a análise genética requer que o ciclo
sexual do organismo seja conhecido. A análise parassexual requer
que o organismo seja Haplóide e "competente" para formas diplóides.
Com o desenvolvimento da eletroforese de campo pulsado para separação
de grandes moléculas de DNA, foi possível a separaçào eletroforética
de cromossomos de uma série de espécies fúngicas (Pizzirani-Kleiner
& Mühlen, 1998). Esse tipo de eletroforese foi, então, desenvolvida
para vencer as limitações da mobilidade de grandes moléculas de
DNA. Ela separa moléculas tão grandes quanto os cromossomos de
levedura (200 kpb a 3000 kpb). Nessa técnica, moléculas são submetidas
a campos elétricos aplicados alternativamente em duas posições
diferentes. O sistema de eletroforese desenvolvido tem, portanto,
dois campos elétricos perpendiculares em suas direções de migração
de modo que, após um certo tempo de corrida, a direção é alterada,
forçando as moléculas à migração em nova direção. O tamanho das
moléculas de DNA que podem ser separadas por esta técnica é o
principal limitação, como também o é a resolução de moléculas
de DNA que são de tamanhos similares.
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