A
capacidade da água de conduzir uma corrente elétrica é denominada
condutividade e depende da concentração dos íons presentes na solução:
cátions e ânions. Depende também da temperatura e por isso essas
medidas devem estar sempre associadas. A unidade básica de medida da
condutividade é mhos/m (antiga)
ou Siemens/m, sendo comumente expressa nos seus sub-múltiplos (mS/cm,
uS/cm, dS/m etc.).
Esta
unidade pode ser usada empiricamente para determinação de sólidos
totais dissolvidos (total dissolved solids, TDS ) em mg/L. Para obtenção
deste valor (TDS) deve-se multiplicar o valor encontrado em umhos/cm por
um fator entre 0.55 e 0.9, dependendo da temperatura e do material
constituinte da água analisada. Em águas onde predominam os íons
cloreto (Cl-) e sódio (Na+), este fator está em
torno de 0.67. Em águas com predominância de sulfatos (SO4-2),
o fator deve ser mais elevado. A água destilada em laboratório serve
como padrão e apresenta condutividade de 0.5 a 3.0 uS/cm.
Cada
corpo de água tende a ter um grau relativamente constante de
condutividade que, uma vez estabelecido, pode ser usado para comparação
com medidas regulares, do mesmo ponto, de condutividade. Mudanças
significativas podem ser indicadores de que processos de poluição estão
ocorrendo com a descarga de material na água.
Um
dos fatores que influencia a condutividade nos corpos de água é a
formação geológica da área em questão. Altos índices de
condutividade são ocasionados por meio de fontes não pontuais como
efluentes de áreas residenciais/urbanas, águas de drenagem de sistemas
de irrigação e escoamento superficial de áreas agrícolas,
principalmente em regiões áridas e semi-áridas, onde a
evapotranspiração excessiva causa o acúmulo de sais.. Efluentes
industriais como fontes localizadas, também liberam altos teores de íons
dissolvidos.
As
avaliações de condutividade também devem ser conduzidas nos locais
próprios de amostragem e quando
enviadas ao laboratório devem ser analisadas em 28 dias.
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