Agricultores de Andradina discutem melhoria da produção leiteira | |||
6.3.2008
Esse projeto, financiado pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), foi coordenado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – Superintendência Regional de São Paulo; Cooperativa Central de Reforma Agrária do Estado de São Paulo (CCA/SP) e; Federação da Agricultura Familiar - São Paulo (FAF/CUT). Conforme o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador do projeto, Luiz Octávio Ramos Filho, o objetivo foi avaliar os resultados de forma participativa, além de trocar experiências e discutir as possibilidades de continuidade das ações em parceria. “Foram abordados os aspectos gerais relacionados ao manejo para formação e condução da pastagem consorciada, além de uma atividade prática de observação no lote do Sr. José Lopes, onde foi feito um consórcio da braquiária com o Estilosantes Mineirão - leguminosa nativa do Brasil, selecionada pela Embrapa para enriquecer e recuperar a pastagem, principalmente no período da seca”, explica o pesquisador. “O projeto, iniciado em 2005, sempre buscou a capacitação em processos participativos junto aos agricultores e técnicos dos assentamentos da região para o desenvolvimento e a adaptação de sistemas de produção leiteira sustentáveis, adequados às condições socioeconômicas e ambientais dos assentamentos, que possam contribuir para a melhoria da renda dos agricultores e para o desenvolvimento sustentável da região”, enfatiza Ramos. Como parte do trabalho, foram implantadas duas Unidades de Observação Participativa (UOP) de pastagem consorciada, no Assentamento Timboré, em Andradina, contemplando o plantio da leguminosa Estilosantes Mineirão sobre pastagem de gramínea já existente (colonião) e outra no Assentamento N. S. Aparecida, em Castilho, com áreas de 1,0 ha. O objetivo destas unidades, além de capacitar os agricultores para o plantio, formação e manejo da pastagem consorciada, é permitir o acompanhamento do comportamento das diferentes forrageiras ao longo do ano, visando obter uma pastagem de maior valor protéico para o período de estiagem (estação seca). Além disso, complementa Ramos, foi formado um Campo Agrostológico - conjunto de parcelas onde são plantados diversos tipos de pastagens, com pequenos canteiros de 6 metros quadrados com diferentes forrageiras, situados numa mesma área. Este conjunto permite a rápida observação e facilita atividades de capacitação. Nestes campos foram utilizadas 22 espécies de forrageiras, entre leguminosas e gramíneas. O evento contou com a participação de 87 pessoas, entre técnicos e agricultores de 12 assentamentos da região. Cristina Tordin Jornalista, MTb 28.499 Embrapa Meio Ambiente |
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