Uso do leite no controle do oídio | |||
Produtor da Bahia usa leite para controlar o oídio desde 2005 19.3.2014
Oídio Os oídios são doenças causadas por fungos que crescem no tecido vivo das plantas de diversas espécies: abobrinha, pepino, pimentão, tomate, melancia, melão, uva, soja, feijão, eucalipto, caju, manga e muitas outras. A doença reduz o potencial produtivo das plantas atacadas e pode comprometer a qualidade do produto. A Embrapa desenvolveu um método alternativo de controle de oídio, que utiliza leite cru. Esta forma de controle pode ser utilizada com sucesso em qualquer modelo de agricultura, incluindo a produção de alimentos orgânicos. O pesquisador Wagner Bettiol, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), destaca que o leite possui três modos de ação: o primeiro deles é a formação de uma camada protetora na superfície das folhas, em que micro-organismos crescem e impedem os fungos nocivos de germinarem ou de penetrarem na planta. A outra forma está relacionada a sua propriedade antimicrobiana, inibindo o crescimento de diversos fungos estranhos ao leite; a terceira forma diz respeito à presença, em sua composição, de sais minerais que induzem às plantas a se tornarem resistentes ao patógeno. A aplicação do leite deve ser feita de modo preventivo, em culturas que normalmente sofrem ataque de oídio, em pulverizações por toda a planta; ou uma vez por semana, diluído em água nas concentrações de 5% ou 10%, dependendo da gravidade da doença. A mistura de leite com água está sendo utilizada em outros países, não só na agricultura convencional, como também na orgânica, com vantagens sobre a aplicação de fungicidas, uma vez que o leite não deixa resíduos nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente. Cristina Tordin (MTb28499) Eliana Lima (MTb 22.047/SP) Jornalistas Embrapa Meio Ambiente |
|